Grupo de Pesquisa

Biologia e Conservação de Primatas

O grupo tem revelado informações inéditas sobre aspectos ligados a diversidade, biogeografia e ecologia de primatas da Amazônia Ocidental, gerando informações para subsidiar ações de conservação. Dentre os principais resultados originados por pesquisas do grupo, estão o registro de novas ocorrências de espécies e delimitação de áreas de distribuição geográfica, monitoramento populacional (incluindo de espécies ameaçadas), uso de primatas por populações locais, além de aspectos básicos em biologia e ecologia, como estrutura e uso do habitat, efeitos da sazonalidade sobre o comportamento e dieta.

Marcelo Ismar Santana
Marcelo Ismar Santana
Marcelo Ismar Santana
Marcelo Ismar Santana
Marcelo Ismar Santana

Macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta - Espécie encontrada apenas em uma pequena área da Reserva Mamirauá, no Amazonas. Esse curioso e raro primata diferencia-se de seus parentes por apresentar a cabeça e as costas escuras. Por se encontrar em uma pequena área, qualquer alteração na floresta pode levá-los à extinção.

Marcelo Ismar Santana

Guariba - Um dos maiores primatas neotropicais, o guariba possui uma pelagem que varia do ruivo ao castanho-escuro. Ele é famoso por seu poderoso grito, que pode ser ouvido até longas distâncias. Considerado um macaco tímido, o guariba costuma viver em pequenos grupos e se alimentar de frutos e folhas.

Bernardo Oliveira

Macaco-prego  - Ele é considerado um dos macacos mais inteligentes do mundo, sendo capaz de abrir frutos de casca rígida usando pedras ou pedaços de madeira. O macaco-prego é amplamente distribuído na região amazônica, preferindo lugares com dominância de palmeiras. Costuma se alimentar de frutos e folhas, caçam insetos e pequenos vertebrados com o auxílio de ferramentas.

Marcelo Ismar Santana

Uacari-branco - Encontrado exclusivamente em florestas alagáveis, o uacari-branco chama atenção pela sua face avermelhada e sem pelos. A preservação desse primata foi um importante motivo para a criação da primeira Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Brasil, a Reserva Mamirauá. O uacari-branco possui um comportamento bastante ágil e é especialista em predar frutos quando ainda estão verdes.

Primatas da Amazônia

Das cerca de 150 espécies conhecidas de primatas encontradas na América do Sul, 60% estão na Amazônia brasileira. É nesse lugar de biodiversidade riquíssima onde o Instituto Mamirauá desenvolve pesquisas sobre a ecologia e conservação de primatas.

De olho nos macacos-de-cheiro

Para pensar estratégias de proteção ao macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta, os pesquisadores do Instituto Mamirauá realizam vários estudos sobre a espécie.  Eles acompanham, por exemplo, as populações de macacos, para ver se elas se mantêm estáveis, isto é, mais ou menos com o mesmo número de indivíduos, ao longo dos anos. Felizmente, entre 2009 e 2013, constatou--se que sim, o que mostra que a reserva cumpre seu papel de proteger as espécies que a habitam.

Outro aspecto investigado atualmente pelos cientistas é a disponibilidade de alimentos para o Saimiri vanzolinii na região durante as diferentes estações do ano. Eles verificaram, por exemplo, que, nas épocas de cheias, o macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta come mais frutas do que insetos ou aranhas.

Marcelo Ismar Santana

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